A deputada estadual Cida Ramos (PSB) participou na manhã desta sexta-feira (23), do lançamento da campanha ‘Nenhuma a menos, Paraíba!’, do Núcleo de Gênero do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em parceria com a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), que ocorreu na Sala de Sessões da Procuradoria Geral de Justiça.
Nos últimos 18 meses (de janeiro de 2018 a julho deste ano), 125 mulheres foram assassinadas na Paraíba, sendo que 41,6% delas foram vítimas de feminicídio, ou seja, foram mortas por causa da condição do gênero, que envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação à condição de mulher.
Para a presidente da CPI do Feminicídio da ALPB, é fundamental o trabalho institucional conjunto para enfrentar essa barbárie social. “A iniciativa do MPPB vem num momento crucial, pois a violência e o desmonte das políticas públicas estão sendo naturalizadas em nosso país. É preciso destacar que são nas suas casas que as mulheres estão mais suscetíveis à violência, e isso é muito grave”, frisou Cida.
A parlamentar também realçou que a CPI já encaminhou, junto a Justiça, um cronograma de atividades. “Contamos com a participação de pessoas importantes nessa causa para acompanhar a CPI, a exemplo de delegadas, professores, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça. Temos encaminhamentos importantes para avançarmos na proteção, investigação e defesa, que são os eixos centrais da comissão. É papel também da CPI realizar uma análise profunda das causas estruturantes da violência contra a mulher. Só a partir desse mergulho faremos um diagnóstico para, então, construímos políticas públicas de enfrentamento ao feminicídio”, completou.
O promotor de Justiça Francisco Seráphico ressaltou que o principal objetivo da campanha é alertar a sociedade sobre o crime de feminicídio. “A condição feminina teve um grande salto desde o movimento sufragista, mas ainda continuamos a assistir desigualdade em todas as áreas. Os dados sobre o feminicídio são assustadores, quando percebemos que mais de 40% das mulheres foram assassinadas em razão do gênero. Essa campanha busca, acima de tudo, unir a rede de proteção às mulheres e conscientizar a população sobre essa temática que precisa de atenção”, pontuou.
O coordenador do Núcleo de Gênero, o procurador de Justiça Valberto Lira, lembrou que o Ministério Público da Paraíba trabalha em duas frentes. “As autoridades responsáveis pelos inquéritos policiais e pelas denúncias dos agressores ainda precisam se sensibilizar para a necessidade de aplicar a lei do feminicídio e a população deve ser alertada sobre a importância de denunciar qualquer violência contra a mulher. A denúncia pode ser feita em qualquer delegacia e em serviços telefônicos e por qualquer pessoa que a presencie ou tenha conhecimento”, finalizou.
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